quinta-feira, 10 de abril de 2014

Malditas Lágrimas






As coisas estão acontecendo tão rápido e violento. Tudo em que eu acreditava parece estar sendo engolido por um mar em fúria numa tempestade à noite, destruindo, aos poucos, tudo o que vê pela frente.
Encare os fatos, a vida só pode ser calma se você seguir os ideais da sociedade e, pior ainda, apenas da maioria. A minoria está sendo sucumbida nos destroços dessa guerra emocional que parece nunca que nunca irá chegar ao fim.
Estou fraca, todos os meus órgãos gritam por socorro, minhas lágrimas saem espontaneamente. Uma casa em chamas virou meu coração, com um fervor de sentimentos insanos e incabíveis, mas tentadores. Será que não pode se fazer mais nada? Estou só, lutando contra essas malditas lágrimas que teimam em cair! A vida só agrada a quem vive no comodismo do bem estar de outros, é a realidade. Uma realidade que eu venho enfrentando, apenas eu e minha sombra, que já não quer mais se mostrar.
Parece que chorar e escrever, e chorar têm sido as únicas opções. Não sei mais em quem confiar, não sinto mais a lealdade de ninguém.
Ahhhh! Quantos murmúrios de dor e gritos de socorro a minha alma tem soltado. Será que um dia eu saberei o que fazer?
Minhas vontades eloquentes e descontroladas me pedem para agir, mas aquele tal amor que ainda tenta me convencer de que é real me prende a verdadeira face que tenho. Porque não consigo ser cruel como todos? O que devo fazer com esse sentimento que me impede de cometer atrocidades contra quem diz querer meu bem e me faz derramar essas malditas lágrimas?
Ah, malditas lágrimas. É só o que recebo, é só o que tenho. Essas tão sinceras e puras malditas lágrimas.


Istella Lira Conder


Texto de adolescente em crise.

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