As coisas estão acontecendo tão rápido e
violento. Tudo em que eu acreditava parece estar sendo engolido por um mar em
fúria numa tempestade à noite, destruindo, aos poucos, tudo o que vê pela
frente.
Encare os fatos, a vida só pode ser calma
se você seguir os ideais da sociedade e, pior ainda, apenas da maioria. A
minoria está sendo sucumbida nos destroços dessa guerra emocional que parece
nunca que nunca irá chegar ao fim.
Estou fraca, todos os meus órgãos gritam
por socorro, minhas lágrimas saem espontaneamente. Uma casa em chamas virou meu
coração, com um fervor de sentimentos insanos e incabíveis, mas tentadores.
Será que não pode se fazer mais nada? Estou só, lutando contra essas malditas
lágrimas que teimam em cair! A vida só agrada a quem vive no comodismo do bem
estar de outros, é a realidade. Uma realidade que eu venho enfrentando, apenas
eu e minha sombra, que já não quer mais se mostrar.
Parece que chorar e escrever, e chorar
têm sido as únicas opções. Não sei mais em quem confiar, não sinto mais a
lealdade de ninguém.
Ahhhh! Quantos murmúrios de dor e gritos
de socorro a minha alma tem soltado. Será que um dia eu saberei o que fazer?
Minhas vontades eloquentes e
descontroladas me pedem para agir, mas aquele tal amor que ainda tenta me
convencer de que é real me prende a verdadeira face que tenho. Porque não
consigo ser cruel como todos? O que devo fazer com esse sentimento que me
impede de cometer atrocidades contra quem diz querer meu bem e me faz derramar
essas malditas lágrimas?
Ah, malditas lágrimas. É só o que recebo,
é só o que tenho. Essas tão sinceras e puras malditas lágrimas.
Istella Lira Conder
Texto de adolescente em crise.
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